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Sunday, May 28, 2017

O VAZIO INTERIOR




02 de Maio de 2017

Actualmente são muitas as pessoas que estão a sentir uma certa sensação de vazio interior. Este expressa-se como uma indisposição geral ou insatisfação, como que algo não está bem de todo consigo próprios ou nas suas vidas, como um sentimento de que não encontram o seu lugar no mundo, ou são invadidos por uma falta de sentido na vida.


Estas pessoas são as que costumam recorrer aos livros de autoajuda, à introspeção e ao autoconhecimento. Tentam conhecer-se melhor, saber quais são os seus problemas para poder enfrentá-los e superá-los e de uma forma geral, melhorar como seres humanos. Alguns sentem uma verdadeira sensação de vazio intenso, como se não tivessem identidade, não soubessem quem são nem qual é o sentido das suas vidas e não sabem aonde se devem dirigir, nem o que podem fazer para mudar essa situação.

O Preço da Liberdade

Estamos a viver numa época em que a individualidade predomina sobre tudo. Isto significa que atribuímos uma grande importância aos direitos do individuo e à busca da felicidade individual, ao direito a ser completamente livres, a escolher quem somos e o que queremos fazer com a nossa vida. É claro que a liberdade é uma das melhores coisas que podemos possuir, mas frequentemente não nos damos conta de que habitualmente temos de pagar um preço por ela.
Se o vemos desde uma perspectiva oposta e imaginamos uma sociedade onde não existe este individualismo e preocupação pela liberdade e pelos direitos do individuo, podemos ir atrás ao passado e pensar, por exemplo, no filho de um agricultor que também está destinado a ser agricultor.

Desde criança que lhe foi dada a sua identidade com antecipação, o seu futuro está escrito e não tem nada que decidir. Uma pessoa assim já tem uma vida decidida e uma missão. Se tem sorte, pode ser que essa sua vida seja um prémio da lotaria, que o satisfaz e faz feliz, mas também é muito possível que seja desgraçado até ao fim, preso a uma vida que não é a que deseja viver e sem liberdade para escolher.

No entanto, se vamos ao outro extremo e imaginamos agora uma pessoa que nasce completamente livre, o que encontramos é uma pessoa que deve construir a sua identidade a partir do zero, que nasce (no estilo mais puro do existencialismo), numa espécie de vazio onde não possui nada mais que a sua existência, sem essência; pode ser o que quiser, qualquer coisa, mas de momento não é nada; pode fazer o que quiser, mas o que é que quer? A pessoa completamente livre tem perante si a monumental tarefa de se construir a si próprio e a sua vida, por completo, partindo do nada. E não é raro que muitas pessoas se sintam perdidas ao tentar realizar esta árdua tarefa sem sequer saber por onde começar.

Muitos começam tratando de conhecer-se a si próprios. A isso se deve o êxito dos livros de autoajuda, pois essas pessoas procuram respostas ou orientação que lhes indique qual o caminho que devem seguir. Por isso também recorrem a livros de psicologia e filosofia e leem-nos todos na tentativa de encontrar algo em que se apoiar.
Portanto, parece que estamos perante um grande paradoxo: a falta de liberdade cria insatisfação e infelicidade, mas a liberdade pode ter exactamente o mesmo efeito.

Como é que Podemos Solucionar este Problema?

Talvez o descobrimento mais importante que alguém pode fazer seja o de saber situar-se no lugar mais apropriado para si próprio, na linha que vai desde a ausência total de liberdade até à liberdade total. Algumas pessoas são felizes levando uma vida predestinada. Normalmente tomam conta de um negocio familiar e fazem o mesmo que a maioria das pessoas faz, sem pensar muito. Outros necessitam uma liberdade absoluta, construir-se a si próprios a partir de zero, criar o seu mundo e viver de um modo muito diferente ao da maioria das pessoas.
E o resto, provavelmente a maioria das pessoas, situar-se-á nalgum lugar intermédio dessa linha, um lugar que pode variar com o passar dos anos.

Quanto mais perto do extremo da liberdade total te coloques, maior é a probabilidade de que sintas essa sensação de vazio e será maior o trabalho que terás de fazer para te construíres a ti próprio e à tua vida, mas também verás que alguma coisa te empurra a aprofundar muito mais no teu interior, para adquirir um conhecimento mais profundo de ti, do ser humano e da vida como um todo.

Mas no final, seja qual for esse lugar onde necessites estar, a saída da insatisfação ou da angústia, será alcançada quando encontrares ou criares algo com o qual te possas comprometer. Trata-se de algo que consideras superior a ti, como uma espécie de causa pela qual lutas até ao fim. Pode ser um projecto ou trabalho ao qual entregas todas as tuas energias dia após dia e ainda assim não te cansas; também pode ser uma família, outras pessoas, uma associação, arte, ou (se a força que parece que te está a impulsionar é a de te conheceres), encontrar respostas e aprofundar no conhecimento. Essa pode ser precisamente a missão com a que te comprometes firmemente e à qual te entregas.

Ao fim e ao cabo, esse vazio só se enche encontrando algo que consideres superior a ti, ao qual te entregas e no qual te podes perder e esquecer a tua própria individualidade. Assim, este paradoxo da liberdade parece resolver-se com outro: já que, desde a tua liberdade, descobriste essa individualidade, apoderaste-te dela e usaste-a para te construíres e descobrir esse algo ao qual te entregas, então, simplesmente deixa-la ir.

Barcelonaalternativa.es



Tradução: Lúcia (anjodeluz57@gmail.com)

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No primeiro dia de Junho, depois de terem mandado lixar a troika, algumas dezenas de estudantes turcos a residir em Portugal juntaram-se na Avenida dos Aliados, no Porto, para apoiar os compatriotas. Dezenas de milhares de turcos têm protestado, ao longo da última semana, em Ancara e Istambul, contra o Governo de Recep Taiyyip Erdogan. Em causa está não só a decisão de construção um centro comercial no parque Gezi, mas também (ou sobretudo) um enorme descontentamento com a política de Erdogan, marcada pelo conservadorismo e pelo entusiasmo por grandes obras públicas consideradas fracturantes. O P3 quis ouvir jovens que conhecem a realidade turca e perceber qual é a perspectiva que têm sobre o conflito. Ideologias à parte, no final, a mensagem foi só uma: o povo está unido contra a violência e pela democracia.

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