Terça-feira,
24 de Maio de 2016
Um mestre
ancião cansado das queixas do seu aluno teve uma ideia. Uma manhã, depois de
alguns dias em que este tinha estado especialmente queixoso, enviou-o a buscar
um pouco de sal.
Quando
regressou, o mestre disse-lhe que dissolvesse um punhado do sal num copo de
água e o tomasse. O aluno olhou-o surpreendido, pronto para protestar, mas
obedeceu e tomou a água.
“Que
sabor tem?” Perguntou o mestre com rosto sério.
“Amarga e
salgada”, disse o aluno entre a dúvida de se devia ou não começar a queixar-se novamente.
O mestre
sorriu e pediu ao jovem que tomasse outro punhado de sal igual ao anterior e o
atirasse no lago próximo. Os dois caminharam em silêncio até um lindo lago. Depois do rapaz ter atirado o sal à água, o ancião disse:
“Agora
toma água do lago”.
Enquanto
o jovem bebia a água que lhe goteava pelos cantos da boca, o mestre
perguntou-lhe com um leve sorriso:
“E esta
água, que sabor tem?”
“Agradável
e fresca”, respondeu o rapaz.
“Tinha
sabor a sal?”: perguntou o mestre.
“Não”, disse o jovem.
O mestre
sentou-se ao lado do aluno e explicou:
“A dor da
vida é apenas sal, nem mais nem menos. A quantidade de dor na vida de cada um
de nós é exactamente a mesma. No entanto a quantidade de amargura que provamos,
depende do recipiente em que colocamos a pena. Portanto quando a dor aparece o
único que deves fazer é ampliar o teu espaço interior. Deixa de ser copo.
Transforma-te num lago.”
Autor
desconhecido. Se alguém o conhece, ficaria muito grata pela informação para
dar-lhe os seus créditos correspondentes.
Tradutora: Lúcia
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